segunda-feira, 28 de março de 2011

Em 2012, ensino médio técnico terá quatro anos

Mudanças à vista para os alunos que ingressarem no ensino médio técnico em 2012. A partir do próximo ano eles também poderão optar por fazer um curso técnico/profissionalizante. A medida foi anunciada pelo secretário estadual da Educação, Herman Voorwald.

De acordo com Voorwald, ainda neste semestre devem ser firmados convênios com 28 unidades de ensino técnico do governo federal presentes no estado de São Paulo para atender os estudantes.
Quem optar pelo curso técnico fará quatro anos, em vez de três. O secretário afirmou também que não haverá vestibulinho para o ingresso em um dos cursos. As aulas serão simultâneas entre o ensino geral e o profissionalizante.
Edivaldo Mendes da Costa, secretário de assuntos municipais do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), subsede Limeira, acredita que o objetivo desta ação é formar mão de obra qualificada. "É uma preparação para o mercado de trabalhado", cita.
Sobre a mudança de três para quatro anos, Edivaldo diz que a mudança é benéfica do ponto de vista da Apeoesp. "Quanto mais tempo o aluno permancer em sala de aula, melhor. Os alunos brasileiros precisam estar preparados para, porteriormente, ingressar em uma faculdade. Se for gratuita, melhor ainda", argumenta.
Com esses convênios o governo federal atenderá cerca de 5.600 alunos. "Mas também estamos buscando novas parcerias, com a Universidade de São Paulo, a Unicamp e Unesp, por exemplo. Aí, esse número de vagas ainda pode ser ampliado", explicou o secretário estadual.
Em Limeira não há unidades que ofereçam ensino médio técnico, porém há duas faculdades da Unicamp.

AVALIAÇÃO

Segundo o secretário, caso haja mais interessados do que vagas, um sistema de seleção será estudado para ser aplicado. Ele disse que estuda mudar o sistema da avaliação por mérito, implantado em 2008 pelo ex-governador José Serra (PSDB).
Segundo ele, ex-reitor da Unesp, a questão tem sido discutida com os servidores, que reclamam que não é uma prova que vai definir se alguém tem mérito ou não.
Voorwald disse que o método fez as universidades no Estado se diferenciarem pela qualidade. O secretário disse ainda que os servidores reclamam da substituição de uma reposição salarial pelo bônus e a prova do mérito.
Para Edivaldo, a extinção do programa de valorização por mérito é uma das principais lutas da categoria. "Queremos uma proposta que valorize a carreira e também políticas públicas de incentivo da evolução do servidor. São esses fatores que trazem mais produção no setor, e não uma prova". (KC)

http://www.gazetadelimeira.com.br/Noticia.asp?ID=47136

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